Os cabarés de São Paulo são longínquos Como virtudes Automóveis E o pisca-pisca inteligente das estradas Um soldado só para policiar minha pátria inteira
E o gru-gru dos grilos grelam gaitas E os sapos sapeiam sapas sopas No alfabeto escuro dos brejos Vogais Lampiões lamparinas E tu surges através de um fox-trot errado e da lenda
Delenda linda Salomé Ó dançarina cafajeste Cheia de moscas ignorantes e de boas intenções
A javá é uma polca porca com poeira azul Mas o roxo arroxa a procissão de cortinas cor-de-rosa
Eu não ligo Eu quero saber que negócio é esse de esperar com o revólver na estrada Aquele capanga preto mandou o braço e a mulher levou um pontapé Na barriga O saxofone obstina uma dor de dentes delirantes Que o maxixe espasma Entre tiros e gorjetas Mas o escapamento aberto escapa Na noite penitenciária
Senhor dai-nos o pão-de-ló iluminado da redenção
O Tietê rola rumas de tijolos Côr-de-água côr-de-rosa
Guilherme Hideyuki Kubo
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